Lucas 1.35

Assim, aquele que há de nascer será chamado santo,
Filho de Deus.

ele-e-santo

Quanto mais tempo Maria passava com o anjo Gabriel, mais ela compreendia sobre seu exclusivo papel traçado pelo dedo do Criador na história que Ele mesmo desenhou. Ela havia sido escolhida soberana e graciosamente por Deus para virginalmente dar à luz a Jesus e então educá-lO segundo as Escrituras, que a orientava e nos orienta:

Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões (Deuteronômio 6.5-9).

Ao mesmo tempo, Maria absorvia as verdades sobre seu filho, sobre quem o anjo continuava a descrever sobre sua singularidade e grandeza. Ele era e ainda é:

Santo. Esta palavra pode ser entendida de duas diferentes formas. A primeira,[1] como alguém totalmente puro, sem pecado. A segunda,[2] como alguém separado para uma específica e divina tarefa. Ainda que os eruditos bíblicos não se harmonizem quanto ao significado neste contexto, é verdade que ambas as interpretações estão corretas sobre o filho de Maria. Jesus é tanto alguém sem pecado, como alguém separado para uma específica e divina tarefa dada pelo Pai. Veja algumas das razões, segundo as próprias palavras de Jesus, pelo qual ele veio:

  1. Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir (Mateus 5.17).
  2. O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente (João 10.10).
  3. …Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo (João 12.47).

 

Filho de Deus. Para os conhecedores do Antigo Testamento, em especial os judeus,[3] esta expressão é extraordinariamente rica de significado. Ela conecta Jesus às antigas promessas e revela o cerne do filho de Maria. Em outras palavras, ainda que soe repetitivo, o anjo não se cansava de alegar: “seu filho, Maria, é o Messias!”

Por causa de quem Jesus era (e ainda é), João Batista podia chamá-lo de cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). No verdadeiro significado do Natal, celebramos o caráter imaculado de Jesus, que não conheceu o pecado (Hebreus 4.15), mas humildemente se fez maldito na cruz (Gálatas 3.13) por causa dos nossos incontáveis pecados. Jesus afirma: Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida (João 5.24).

Se você tem sido atencioso a estas singelas reflexões, então seguramente tem desenvolvido seu conhecimento sobre este verdadeiro santo de nome Jesus e as Escrituras Sagradas. Meu desejo e oração é que, no final das reflexões, você possa dizer com convicção que faz parte da promessa de Jesus, porque aprendeu com Ele e aceitou com fé a verdade bíblica, que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu singular Filho para que, todo que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

Uma oração:

“Senhor Deus, tenho entendido quem é Jesus, mas ainda estou incerto quanto ao meu envolvimento nesta história. Dá-me entendimento, por favor. Amém.”

 


[1] Esta interpretação tem como suporte Lucas 1.49.

[2] Esta interpretação tem como base Lucas 2.23.

[3] O Antigo Testamento cristão é a Bíblia judaica, chamada de Tanach.