No sexto mês Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo, aproximando-se dela, disse: “Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!” (Lucas 1:26-28)

Quando saí de casa, o vento bateu em minhas várias camadas de roupas de alta-tecnologia e me avisou que o inverno era, afinal, a estação da vez. Meu tremor inicial foi por respeito. Ajeitei meu gorro, abotoei meu casaco e enfiei as mãos – já cobertas por luvas – nos bolsos. Então, comecei minha caminhada matinal.

No caminho, um presépio em um gramado chamou minha atenção. Uma manjedoura acomodava o bebê Jesus. Maria derramava todo seu amor sobre o recém-nascido. Pastores assistiam à cena.

Uma figura que estava no perímetro dessa reunião histórica me fez sorrir. Tão calado quanto na narrativa bíblica, José observava tudo à distância. Apesar disso, ele é um dos heróis na história do Natal.

Ele era um homem jovem e pobre, mas que tinha uma grande alegria na vida: estava para receber Maria como sua esposa. De acordo com os costumes daquela cultura, eles ficariam distantes um do outro por um ano. Essa seria uma prova inequívoca da pureza da noiva.

Então, veio a notícia devastadora. Algum tempo antes do fim do ano de noivado, Maria engravidou. José ficou devastado.

Ele estava em agonia. Decidiu se separar de Maria secretamente. Então, o anjo do Senhor ordenou a ele, por meio de um sonho, a tomar Maria como esposa sem medo. O nascimento virginal era a chave para a profecia do Natal de Isaías 7:14, e José, um homem justo, colaborou para que a profecia se cumprisse, ao ser obediente à ordem do anjo e evitar fazer o que seria óbvio. Ele é um herói do profético nascimento virginal.

Por Dr. Bruce Fong, deão do DTS-Houston e professor de ministérios pastorais.

Tradução de Eduardo Tavares
Original em DTS